Precisamos Falar sobre Suicídio
- Consultório de Psicologia
- 7 de jul. de 2018
- 2 min de leitura
O suicídio envolve um comportamento doloroso, não apenas para os familiares, mas principalmente ao seu autor. Muitos se perguntam e se questionam porque tantas pessoas se matam, especialmente na adolescência. Neste cenário, emergem indagações como: o que acontece para que adolescentes desistam de sua própria vida? Problematizações desta natureza movem a ciência a buscar respostas para esse sofrimento. Não obstante, o suicídio tem crescido no mundo inteiro, uma vez que a mesma tem se baseado em um amplo problema de saúde mundial (BARBOSA; MACEDO; SILVEIRA, 2011).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), compreende a adolescência entre 10 a 19 anos. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) classifica essa faixa etária entre 12 e 18 anos (SOUZA; BARBOSA; MORENO, 2015). Este período, comumente, se constitui em uma etapa muito importante do desenvolvimento de um indivíduo, visto que a pessoa deixa a sua infância para trás, lançando-se a um novo mundo, mais próximo ao dos adultos (FERREIRA; FARIAS; SILVARES, 2003). Portanto, quando o adolescente se sente inseguro, sem suporte suficiente e sem experiência, ele não confia em si, desenvolvendo baixa autoestima, desesperança, solidão, insegurança, prejuízo para a sua identidade, e até mesmo pensamentos negativos (BRAGA; ANGLIO, 2013).
É nesse momento de dúvidas que muitos adolescentes enfrentam problemas físicos e emocionais. Não raras às vezes, tais questões são derivadas de histórico de abandono, maus-tratos, abuso físico e emocional, podendo desenvolver graves aspectos, tais como: desvalorização de si mesmo, desesperança, prejuízo no desempenho escolar, além de poder trazer sérios problemas à vida adulta, caso ele não receba ajuda psicológica (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2009).
Os principais fatores de risco associados ao comportamento suicida são: depressão, sentimentos de solidão, tristeza, desesperança, abandono físico e emocional, abuso sexual, desestrutura familiar, e o fim de um relacionamento amoroso. Adolescentes que tentam suicídio relatam sentir solidão por não terem amigos para dividir seus sentimentos e experiências. Neste sentido, é muito importante que cada pessoa tenha uma experiência de afeto, carinho e atenção na sua infância, pois isso ajudará em seu amadurecimento emocional. (BRAGA; ANGLIO, 2013).
O psicólogo clínico também poderá ajudar a família na questão de informações sobre como identificar os riscos, ou mesmo a respeito de como agir com o adolescente que possua histórico de comportamento suicida. É muito importante que o psicólogo busque um vínculo seguro com seu paciente, a partir da atenção e do respeito, utilizando-se também de técnicas para auxiliar o paciente a lidar com suas aflições e conflitos. O psicoterapeuta deve amparar seu paciente, e entender como ele interpreta e vivencia seus problemas, portanto o psicólogo têm um papel primordial dentro da sociedade que poderá ajudar na prevenção do suicídio, auxiliando a família, como identificar os riscos, poderá trabalhar com o paciente a questão sobre a valorização da vida, devendo o profissional sempre agir de acordo com os princípios éticos (FUKUMITSU, 2014).
Valorize a Vida!!!!

Psicóloga Mirian Moura
CRP04/49241
mirian.moura87@hotmail.com
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